quinta-feira, 21 de abril de 2011

Idades ... aff aff


Na verdade farei 29, mais já me sinto com o peso de 30 anos. Tudo mudou, estou mais quieta e reflexiva, valorizando outras coisas, outras pessoas e outros momentos. As pessoas mudaram também e o que dávamos valor quando novos, agora nos faz rir. A boa e velha conversa sincera enaltece o coração e massageia a alma principalmente se é com algum amigo sincero e cômico, as sensações são mais intensas e significativas (afinal de contas agora já temos uma noção maior do que realmente é bom e do que realmente queremos em nossas vidas) e já podemos tirar algumas conclusões sobre o tempo. Leio a frase: “Os dias são longos mais os anos são curtos” e concluo que ela é verdadeira, tento levar a vida na tranquilidade tentando me lembrar que realmente o tempo é relativo e passa muito muito rápido mesmo. Tanta coisa já aconteceu, lugares, pessoas, conversas, brincadeiras, tristezas, alegrias, dores, felicidades, curiosidades e tantas tantas outras coisas que preencheram de forma maravilhosa a minha vida, me empurraram ao caminho do crescimento pessoal. Concluo que o mais importante mesmo foi o que ouvi, o que vi e o que li, pois essas coisas me fizeram ter essa visão atual do mundo, meio torta, provavelmente imperfeita mais que tem me deixado bem mais tranquila sobre a dinâmica maravilhosa que a vida tem, me fazendo lembrar que tudo é mutável e que nada dura para sempre a não ser que queiramos. Penso em um adjetivo para a minha vida e chego a certeza de: Dinâmica

Paro para pensar no que realmente faz as pessoas felizes, no que me fez feliz esses 29 anos, ouço depoimentos, leio textos, reflito e percebo que a felicidade é algo tão relativo que somente cada um de nós saberia dizer o que é felicidade pra nós mesmos, cada um tem seus conceitos e suas verdades e age conforme essa moralidade interior de seu consciente é claro que é preciso lembrar que existem pessoas que sabem onde e qual é sua felicidade mais que por motivos individuais continuam em sofrimento e caminhando em caminhos errôneos aos de sua felicidade, mais se pararmos pra pensar na verdade saberíamos dizer com clareza o que nos deixa feliz, o que move nossas almas e o que nos desperta suspiros.
Tentei enumerar as coisas que me deixam felizes para assim poder pensar até onde posso abrir mão de outras, já que temos que encarar que jamais teremos todas as coisas que nos fazem felizes juntas podemos almenos eleger algumas que estaram no topo da lista de nossas prioridades a serem realizadas, imagino que para tecer essa lista devo lembrar dos momentos de intensa felicidade e calmaria em um coração, momentos em que eu poderia esquecer do mundo para apenas me concentrar neles.
Penso e penso ... O que me faz feliz?
Banho de chuva, cheiro de pão quente, banho em dia quente, mergulho em uma piscina com aguas cristalinas, achar um livro que eu considere uma relíquia ou uma perola, ler um bom livro deitada numa rede, navegar na internet sem compromisso de tempo, jogar meus jogos preferidos, conversar com amigos, abraçar as pessoas que amo e sentir a intensa energia que elas me transmitem, contar uma piada e ser entendida, explanar sobre algo que eu realmente goste (língua portuguesa) e perceber que os expectadores também se emocionaram com a explicação, comer americano com coca cola, tomar açaí bem gelado, reunir a família numa tarde de domingo e ficar tirando brincadeira sobre a idade de cada um, ouvir minha prima (de 3 anos) contando coisas da escola, conversar coisas CDFs com meu irmão e tentar compreender as teorias existenciais que ele considera importantes, ouvir a voz de quem eu amo ao telefone ou ao meu ouvido, deitar numa cama geladinha num domingo a tarde com alguém muito especial ao lado dando carinho, ir ao supermercado comprar ingredientes pra fazer uma comida que não sei nem como começar a fazer, ler para os meus alunos,  ter consciência sobre o certo e errado na minha profissão, ter amigos com quem contar quando as coisas não vão bem, ter um bom lar onde eu possa morgar (segundo um amigo: “Ficar quieta pensando na vida e nas decisões futuras”) sem perturbação, onde possa receber os amigos e arrumar e desarrumar do meu jeito, sair com minha avó, reunir os amigos em volta de uma maravilhosa pizza com coca cola depois de um dia louco de trabalho, trabalhar intensamente por algo ou por alguém (alguns), receber carinho dos meus bbs (alunos), participar de almoços maravilhosos com minhas amigas, ficar no msn com amigos que não vejo a muito tempo atualizando a conversa, ver fotos, ter um notebook lindo, andar no meu carro pela cidade, ter um perfume gostoso para passar no corpo, comer coisinhas gostosas preparadas com amor e dedicação (pela minha avó ou pelo meu amor), sentir um corpinho quentinho junto ao meu ao acordar, ... aff aff no meio desses pensamentos intensos só consigo concluir que eu sou muito feliz, muito mesmo.
Aos 29 anos concluo que o que realmente vale a pena na vida são as pessoas que passam e que deixam um pouco ou muito de si em mim, que me fizeram crescer e aprender sobre a vida e sobre a pessoa mais importante dela que sou eu mesma.
Boas experiências (mesmo que achemos que são catástrofes na hora que elas acontecem), nos fazem felizes.